. Prof. Lineu Prestes, 748, 05508-900 São Paulo -SP Recebido em 28/11/02; aceito em 15/4/03 USE OF UV RADIATION FOR SAMPLE PRETREATMENT IN INORGANIC ANALYSIS. The basic principles of UV irradiation as sample pre-treatment step and its potential for inorganic analysis are illustrated and discussed through significant examples from the literature. Not only does this overview cover the classical applications of this technique in the decomposition of organic matter in electroanalysis, but it also presents recent trends, including the increasing interest in employing UV irradiation in flow analytical systems, successful attempts to enhance its effectiveness and the coupling with chromatographic and spectroscopic methodologies. Furthermore, a number of relevant cases of UV-driven derivatization reactions involving photo-sensitive inorganic species are presented, showing some convenient options to perform fast and reliable determination of inorganic and organic analytes.Keywords: UV radiation; sample pretreatment; inorganic analysis.
INTRODUÇÃOCom a expressão pré-tratamento de amostra se indica o conjunto dos procedimentos necessários para converter física e quimicamente uma amostra em uma forma que permita efetuar, dentre as limitações impostas pela natureza e a morfologia da mesma, a determinação do(s) analito(s) e realizar sua quantificação o quanto mais precisa e exata [1][2][3][4] . Considerando o vasto panorama da química analítica, em particular a multiplicidade de tipos de amostras e toda a ampla gama de técnicas de detecção, sem contar os inúmeros possíveis analitos, a etapa de pré-tratamento da amostra pode incluir os mais diversos processos, freqüentemente vários deles em seqüências que, amiúde, dão origem a procedimentos integrais bastante demorados e complexos. A título de exemplo, veja-se o recente trabalho de Hanway et al.5 sobre um procedimento para a quantificação de adutos benzenocisteína presentes nas cadeias protéicas da hemoglobina (a globina), apontados como marcadores biológicos da exposição da população a hidrocarbonetos aromáticos. O tempo para realizar a detecção por GC-MS constitui cerca de 0,2% da duração total do ensaio, que inclui as etapas de diálise, precipitação e purificação da proteína, hidrólise, purificação por extração em fase sólida, duas separações por HPLC e finalmente a derivatização para o derivado sililado, pré-via à injeção no cromatógrafo para gases. Trata-se de exemplo extremo, mas bastante emblemático, da variedade de possíveis processos envolvidos e da relevância do preparo da amostra para alcançar objetivos analíticos às vezes árduos.De fato, porém, para simplificar a questão, não é impróprio afirmar que as operações de preparo da amostra se restringem, na quase totalidade, a poucas classes de operações: solubilização, transferên-cia de meio, pré-concentração/diluição, purificação, derivatização. A solubilização de matrizes sólidas é freqüente em amostras como alimentos, sedimentos, tecidos biológicos, solos, rochas, etc.. A transferência de analitos de um meio para out...