O sistema de produção de animais confinados é uma excelente estratégia para períodos de escassez alimentar e falta de espaço. Em confinamentos, são utilizadas dietas extremamente concentradas e com altos níveis de carboidrato de rápida digestão. Essa revisão foi realizada com objetivo de abordar o efeito das dietas de confinamento sobre a população bacteriana ruminal de bovinos confinados. Bactérias ruminais respondem rapidamente às alterações dietéticas, tendo em vista que se reproduzem em intervalos menores que 60 minutos. O tempo de colonização das bactérias ruminais indica a velocidade que os microrganismos aderem e penetram no alimento. Os microrganismos ruminais podem associar-se ou aderir-se às partículas dos alimentos em diferentes tempos. O tamanho de partícula dos alimentos é um dos fatores importantes para a degradação, visto que determina a superfície de ataque para os microrganismos e influencia diretamente no tempo de colonização do alimento. Existe uma relação linear entre o tamanho corporal dos animais e a taxa de ruminação, evidenciando que está relacionada ao tamanho do rúmen ou do trato digestivo com o peso corporal dos animais. Protocolos de adaptação de restrição e de escada são os mais utilizados pelos nutricionistas de bovinos de corte confinados. A inclusão de aditivos e probióticos é uma estratégia válida para melhorar o aproveitamento, desde que seja usada em níveis adequados. Para minimizar os efeitos negativos das alterações nas dietas é necessário adaptar de forma gradativa a microbiota ruminal, seja pelos protocolos de adaptação por escada ou por restrição. Ambos os protocolos normalmente melhoram a saúde e maximizam o desempenho dos animais com 14 dias de adaptação.