“…Tendo isso em vista, o orifício exocervical estenótico, condição esta que pode ser congênita ou adquirida, possui como causas adquiridas mais comuns os cânceres cervical e uterino, a menopausa e a manipulação cirúrgica do colo do útero 6,7 . As consequências clinicamente relevantes da ECCU incluem: obstrução do fluxo menstrual com amenorreia ou dismenorreia resultante, dor abdominal, colposcopia inadequada durante o seguimento de displasia, realização inadequada ou impossibilitada de exame histeroscópico, dificuldade na transferência de embriões e inseminações intrauterinas em mulheres em reprodução assistida e potencial interferência na fertilidade da mulher causada pela incapacidade de migração dos espermatozoides para o trato genital superior 4,7,8,9,10,11,12 Devido às diferentes definições utilizadas em literatura, a incidência de ECCU observada na população feminina geral por cada autor é incerta e varia de 3,4% a 4,7% 11,13,14 , e, no entanto, não existem dados de prevalência da condição em populações específicas, como em mulheres na pós e pré-menopausa. Este fato torna-se relevante uma vez que a ECCU pode ser mais facilmente diagnosticada em mulheres em idade fértil, Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.9, n.8, p. 23633-23647, aug., 2023 isto é, na menacme, uma vez que muitas vezes haverá manifestação de sintomas clínicos clássicos.…”