O termo remanescente de quilombo define um grupo de indivíduos com descendência negra e que partilham um legado religioso, cultural, territorial e linguístico, caracterizada historicamente pela trajetória de um povo que se opôs ao regime escravocrata. Na gestão do Sistema Único de Saúde Brasileiro existem os Conselhos Municipais de Saúde, órgãos colegiados, que permitem ao usuário opinar, acompanhar a execução e fiscalizar as ações de saúde, denominado como participação e controle social. Este estudo possui como objetivo analisar o conhecimento da comunidade quilombola acerca da participação popular na gestão do Sistema Único de Saúde por meio dos Conselhos Municipais de Saúde. A metodologia utilizada foi a abordagem quantitativa de natureza descritiva. Por meio deste estudo, observou-se que o conhecimento da comunidade sobre o conceito, função, colegiado e sua representatividade nos conselhos municipais de saúde é precário. Fatores econômicos e sociais além de pouco interesse vindo dos próprios indivíduos sobre as questões da gestão da saúde podem ser fatores desencadeantes para esse desconhecimento. Conclui-se que existe a necessidade de implantação de estratégias para educação em saúde voltadas à comunidade quilombola relacionadas a direitos e deveres em saúde e controle social na gestão do SUS, com o intuito de trazer um maior envolvimento da comunidade nos Conselhos Municipais de Saúde.