Objetivos: verificar o impacto da promoção do autocuidado na carga de trabalho de enfermagem (CTE), em relação às crianças com Sequência de Robin Isolada e seus agentes de autocuidado; construir e validar um Tutorial referente à aplicação do Nursing Activities Score (NAS) em Unidade de Cuidado Semi-intensivo especializada; identificar e comparar a CTE em dois momentos distintos, compreendendo a 1ª internação (cuidadores não capacitados para o autocuidado) e a 2ª internação (cuidadores capacitados para o autocuidado); associar os itens NAS referentes à promoção do autocuidado (suporte e cuidado aos familiares) entre a 1ª e a 2ª internação; associar os aspectos sociodemográficos das crianças e dos agentes de autocuidado à CTE; identificar e comparar o dimensionamento de pessoal segundo as horas NAS na 1ª e 2ª internação à Resolução Cofen 293/04. Método: estudo prospectivo, desenvolvido na Unidade de Cuidado Semi-intensivo do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, baseado no Referencial Teórico do Autocuidado de Dorothea Orem. A amostra constou de 31 lactentes com Sequência de Robin Isolada e seus respectivos agentes de autocuidado. Os participantes foram avaliados na 1ª e 2ª internação quanto à CTE. Para essa avaliação, utilizou-se o NAS, cujo Tutorial foi construído e validado para o presente estudo, considerando-se a especificidade da população. A coleta de dados ocorreu entre os meses de fevereiro a outubro de 2014. Utilizou-se para a análise estatística o Teste T-Student, a Análise de Variância e a Correlação de Pearson. Foram aceitas como diferenças significantes, os valores de p≤0,05 (5%). Resultados: Foram geradas 519 avaliações referentes à CTE. A média de duração da 1ª internação foi de 10,3 dias (±5,7), enquanto da 2ª foi de 6,4 dias (± 3,4). A média NAS na 1ª internação foi de 60,9% e na 2ª internação foi de 41,6%, ou seja, foram dispendidas 93,4 e 63,4 horas de enfermagem referente às 24 horas, respectivamente. A CTE no 1º dia de internação foi maior quando comparada ao último dia, tanto na 1ª (p<0,001) como na 2ª internação (p<0,001). A CTE foi maior no 1º (p<0,001) e último dia (p=0,025) na 1ª internação. A CTE na 1ª internação foi maior quando comparada com a 2ª internação (p<0,001). Os itens NAS referentes à capacitação do autocuidado influenciaram a CTE (p<0,001), enquanto que as características sociodemográficas das crianças e agentes de autocuidado, não influenciaram. O dimensionamento de pessoal segundo as horas NAS foi de 26 profissionais na 1ª internação e 18 profissionais na 2ª internação. Quanto à Resolução Cofen, foram necessárias 60,2 horas de enfermagem referentes às 24 horas, e o dimensionamento foi de 14 profissionais, ou seja, evidenciou-se um déficit de oito profissionais quando comparado com a 2ª internação, e de 12 profissionais quando comparado com a Resolução do Cofen 293/04. Conclusão: a CTE foi maior ao se promover o autocuidado e influenciou o quantitativo de profissionais de enfermagem, demonstrando a necessidade de se reconsiderar sobre o dimensionamento de pess...