INTRODUÇÃO: Para validar a autonomia no campo da saúde obstétrica, a gestante pode adotar o uso do Plano de Parto, um documento escrito, reconhecido pelo Ministério da Saúde, em que a mulher orientada pelo enfermeiro acerca das boas práticas de parto e nascimento, descreve suas vontades, preferências e expectativas em relação ao período de parto e pós-parto. É construído nas consultas de pré-natal onde o enfermeiro deve fomentar discussões que estimulem o desenvolvimento do raciocínio clínico que ira subsidiar o protagonismo das gestantes no processo de parto e nascimento. OBJETIVOS: Analisar como ocorre a implementação do plano de parto nas consultas de pré-natal na atenção básica segundo a literatura. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica integrativa com caráter exploratório e descritivo. Foram realizadas buscas nas bases de dados da BVS, LILACS E SCIELO, utilizando os seguintes descritores de saúde: parto humanizado, enfermagem e pré-natal. Após seguir os critérios de inclusão e exclusão obteve-se 09 artigos para compor o presente estudo. RESULTADOS: Observou-se que o plano de parto é uma ferramenta educativa utilizada para proporcionar conhecimento as gestantes sobre as questões relacionados ao parto e nascimento que deve ser construída no pré-natal seja de forma coletiva ou individualizada, respeitando a subjetividade. Apesar das recomendações de saúde orientarem seu uso, mostra-se como uma ferramenta desconhecida pelos profissionais de saúde, gestantes e serviços de saúde, assim como não elaborada por falta de profissionais, estrutura e tempo. Todavia, é uma das melhores estratégias para romper com a medicalização do parto. CONCLUSÃO: Por fim, apesar da potencialidade desse instrumento na aquisição da autonomia feminina do parto, considera-se a sua implementação fragilizada no atendimento pré-natal da atualidade.
PALAVRAS-CHAVE: Gravidez; Parto; Saúde da Mulher.