Dentre as diversas morbidades de caráter crônico que mais afetam a população idosa, encontra-se a depressão, um grave problema de saúde pública. Uma das formas de prestar uma qualificada atenção à saúde mental do idoso, no âmbito da Atenção Primária à Saúde, é por meio de visitas domiciliares, as quais constituem um instrumento facilitador na abordagem do usuário e sua família. Este estudo tem como objetivo avaliar a prevalência da depressão em idosos acamados ou domiciliados atendidos na Atenção Primária à saúde no município de Patos. O presente estudo se caracteriza como um estudo de campo, do tipo descritivo transversal, com um método de abordagem do problema de caráter quanti-qualitativo. A amostra foi formada por 20 usuários idosos acamados ou domiciliados que recebem atendimento por meio de visitas domiciliares como estratégia de atenção à saúde da Unidade Básica de Saúde Rita Palmeira. O instrumento de coleta de dados deste estudo se deu por meio da Escala de Depressão Geriátrica, um instrumento já validado no Brasil. Percebeu-se que, dos 20 idosos pesquisados, a maioria era do sexo feminino, a faixa etária prevalente foi de idosos com mais de 81 anos e o tempo de atendimento variou entre 3 meses e 5 anos, e dificuldades de locomoção, osteoporose e Acidente Vascular Cerebral foram os motivos de atendimento domiciliar predominante nesta amostra, havendo prevalência de dificuldades de locomoção por doenças e comorbidades no aparelho locomotor. Quanto a prevalência de depressão, a maioria da amostra possui uma pontuação que indica depressão/depressão leve. Por fim, conclui-se que a Escala de Depressão Geriátrica constitui um instrumento de suma importância na prática da clínica médica durante o rastreio da depressão geriátrica, nos idosos submetidos acamados. Sua utilização é de fácil aplicabilidade e previne a evolução de incapacidades funcionais que comprometam a qualidade de vida deste grupo populacional, assim como, o desenvolvimento de outras comorbidades.