A saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é definida como um completo bem-estar físico, mental e social. Assim, a rotina exaustiva dos estudantes de Medicina resulta em privação de sono, má alimentação e sedentarismo, aumentando o desgaste psicológico e físico, o que tem como consequência o comprometimento da qualidade de vida e o aumento da fadiga e do estresse. Este estudo teve por objetivo analisar os fatores associados e a correlação entre fadiga e estresse acadêmico em estudantes de medicina. Trata-se de um estudo transversal analítico com abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada através de questionários aplicados on-line aos estudantes de medicina do Brasil. Tais questionários foram: sociodemográfico, Escala de Fadiga de Chalder e Escala de Estresse Acadêmico. O estudo considerou 306 estudantes de medicina, sendo predominante o sexo feminino (65,7%) e a média de idade 22 anos. Observou-se o escore de fadiga com significância estatística nos estudantes que não praticavam nenhuma atividade física (p=0,001), dormiam menos de 7 horas por noite (p=0,001), não estavam satisfeitos com o próprio rendimento acadêmico (p=0,001), que tinham pensado em abandonar o curso (p=0,001) e aqueles que referiram ter alguma doença psiquiátrica diagnosticada (p=0,001). Já em relação ao estresse acadêmico, identificou-se o escore de estresse com significância estatística nos estudantes que não praticavam atividade física (p=0,013), que dormiam menos de 7 horas por noite (p=0,013), não estavam satisfeitos com o rendimento acadêmico (p=0,001), já tinham pensado em abandonar o curso (p=0,001), referiram ter alguma doença psiquiátrica diagnosticada (p=0,006) e dedicavam menos de 2 horas ao lazer diariamente (p=0,019). Dessa forma, o estudo comprovou que a fadiga e o estresse acadêmico estão correlacionados e que ambos sofrem influência de aspectos sociodemográficos dos estudantes de medicina. Tal constatação é relevante, visto que a fadiga e o estresse causam impactos negativos na vida desses estudantes.