“…CsI, os cristais BGO possuem maior número atômico, tendo aplicabilidade em equipamentos de tomografia de emissão positrônica, da sigla em inglês PET[8,9]. Ainda na década de 1980 outro cristal de haleto alcalino foi descoberto o fluoreto de bário (BaF2), também foram propostos cristais baseados em cério como elemento dopante como o ortosilicato de gadolínio dopado com cério (GSO:Ce) e outros[6,7,21].Nas décadas seguintes até a atual década de realização deste trabalho, os avanços relacionados a novos cristais cintiladores estão ligados as composições complexas associadas ao dopante cério, por exemplo, GYAG:Ce, CeLaBr3, e os mais recentes LiCaAlF6, SrI2:Eu, YbNi4P2 e ainda os denominados cristais elpasolitas Cs2YLiCl6:Ce, cristal Cs2NaAlF6:Cr e Cs2NaGaF6:Fe[42,43,44,45,46,47,48,49].3.3.1 Mecanismo de emissão de luminescência em cintiladores inorgânicosA emissão de fótons de luz em cristais cintiladores inorgânicos está diretamente ligada aos estados de energia definidos pela rede cristalina do material cintilador. Que é diferente dos materiais isolantes ou semicondutores onde existem somente algumas bandas discretas de energia que os elétrons podem ocupar[39,41].Nos cintiladores a banda de valência é composta pelos elétrons que estão essencialmente ligados aos sítios da rede cristalina, a banda de condução é composta por elétrons que possuem energia suficiente para migrar ao longo de toda a estrutura cristalina.Intermediária a estas duas bandas existe uma terceira, que é denominada banda proibida onde não se pode encontrar elétrons em um cristal puro[7,30,39].A absorção de uma determinada quantidade de energia proveniente de um fóton incidente num cristal cintilador, faz com que elétrons sejam excitados na banda de valência e migrem para a banda de condução criando lacunas na banda de valência, dando origem a um éxciton.…”