também revelou todos os tripanossomas africanos patogênicos conhecidos para ungulados, incluindo T. suis recentemente redescoberto, em G. morsitans e G. pallidipes no PNG e RNN. As espécies mais prevalentes no intestino médio da mosca tsé-tsé foram T. congolense Savannah, seguido por T. simiae, T. simiae Tsavo, T. godfreyi e T. congolense Kilifi. Tsé-tsé de ambas as áreas também abrigavam Trypanozoon spp., T. suis (baixa prevalência) e T. vivax, que foi detectado, predominante, nas probóscides das moscas tsé-tsé. A diversidade de T. vivax descoberta por estudos anteriores no Leste da África têm sugerido um complexo de genótipos contrastantes com a alta homogeneidade de genótipos do Oeste da África e América do Sul. Neste estudo, utilizando o MDS (escalonamento multidimensional), análises filogenéticas de gGAPDH e genotipagem com sequências de ITS rDNA, nós caracterizamos T. vivax previamente identificado pelo FFLB em moscas tsé-tsé e em animais domésticos e selvagens de Moçambique, e comparamos com amostras de outros países do Oeste e Leste da África e América do Sul. Nossos resultados revelaram genótipos divergentes mais relacionados com T. vivax-like, corroborando o grande repertório genético no Leste da África e a reduzida diversidade de isolados no gado do Oeste da África e América do Sul. Mais estudos são necessários em áreas preservadas do Leste da África para verificar o papel de T. vivax-like na epidemiologia da AAT. As moscas tsé-tsé do PNG e RNN apresentaram infecção por T. suis (6%), como detectado por FFLB, e foram submetidos à análise de gGAPDH. Os resultados identificaram T. suis e T. suis-like formando um agrupamento monofilético, promovendo assim, pela primeira vez, esclarecimentos filogenéticos de que o subgênero Pycnomonas é um complexo de espécies e genótipos. T. suis-like identificados neste estudo são novas espécies encontradas em G. morsitans e G. pallidipes, e em ungulados selvagens (Cape búfalos e antílopes) e domésticos (bovinos e caprinos). Ao todo, os dados deste estudo amplamente contribuíram para a compreensão da epidemiologia, patologia, reservatórios, diversidade genética e história evolutiva de T. vivax na América do Sul e África. Além disso, a descoberta de novos genótipos e espécies relacionadas com T. vivax (subgênero Duttonella) e T. suis (Pycnomonas) e uma grande amostragem de espécies do subgênero Nannomonas identificados em Moçambique, provê novas linhas de investigação sobre a diversidade, patogenicidade, evolução e taxonomia de tripanossomas africanos.