Este artigo discute a autenticidade arqueológica na Turquia dos pontos de vista científico-acadêmico e popular. Na Turquia, “falsificações arqueológicas” que um dia receberam pouca atenção tem criado debates públicos nos últimos cinco anos. Apesar de já conhecido, o problema não era abordado de forma constante em pesquisas científicas. É provável que ainda tenhamos um longo caminho até que os arqueólogos turcos sejam capazes de lidar com este assunto em termos científicos e aceitá-lo como um importante campo de estudos. Embora a Turquia seja um país-chave tanto para a descoberta de originais quanto para a produção de falsificações, sabemos pouco sobre quais materiais devem ser categorizados como réplicas ou falsificações, quais objetos foram classificados, quais materiais foram falsificados, por que e por quem. Estima-se que o número de falsificações expostas em museus locais seja muito alto, incluindo inúmeras lamparinas, moedas, objetos metálicos (especialmente de prata) e pedras preciosas. Nos mercados internacionais conhecemos vários tipos de objetos que foram falsificados na Turquia, uma vez que é particularmente difícil distinguir entre moedas autênticas ou falsificações modernas, por exemplo. Diversos escândalos de falsificação em museus turcos surgiram nos últimos dez anos. Há duas explicações para os enganos: os administradores do museu não sabem nada sobre as falsificações, ou há outras razões pelas quais tais itens são apresentados como reais em exposições. Este artigo acompanha um catálogo amostral para a reanálise dos artefatos utilizando múltiplos critérios para a determinação de sua não autenticidade.