Umuarama, v. 19, n. 3, p. 143-146, jul./set. 2016.RESUMO: Considerando a escassez de estudos sobre o temperamento ou reatividade de equinos, objetivou-se com esse estudo avaliar o comportamento de éguas após a inserção do implante intravaginal de progesterona, para utilização em bovinos, por meio da observação de comportamentos individuais e coletivos. Para tanto, utilizou-se sete éguas que receberam dispositivo intravaginal impregnado com progesterona e agente luteolítico. Após a colocação dos implantes e soltura das éguas, se iniciou a observação (cinco observadores sem contato entre eles) de seus comportamentos até o tempo de 120 minutos, seguindo o modelo proposto por Heleski et al. (2002). Os resultados indicaram que durante os 120 minutos de observação todas as éguas demonstraram estar alertas, pelo menos em uma observação; que o ato de comer foi observado em todos os animais durante o período estudado e que o ato de urinar e defecar foram observados, em aproximadamente, 70 e 60%, respectivamente, dos comportamentos avaliados. Comportamentos prováveis da indicação de dor e/ou desconforto, como bater da cauda, mímica de urinar, eversão do clitóris e urinando foram observados até 65 minutos, sendo que os três primeiros cessaram aos 55 minutos. De todos os comportamentos analisados, nenhum deles foi visualizado após 65 minutos de observação. Concluiu-se que a inserção do dispositivo intravaginal impregnado com progesterona não afeta negativamente o comportamento de éguas, podendo ser utilizado sem comprometer o bem-estar desses animais. PALAVRAS-CHAVE: Equino. Temperamento. Reatividade. Sincronização de estro.
BEHAVIOR OF MARES AFTER INSERTION OF INTRAVAGINAL PROGESTERONE DEVICEABSTRACT: Considering the scarcity of studies on the behavior or reactivity of horses, this study aimed to assess the behavior of mares after insertion of intravaginal progesterone implant for use in cattle, through the observation of individual and collective behavior. In order to do so, seven mares received intravaginal devices impregnated with progesterone and luteolitic agent. After the implant was placed, the mares were released, and their behavior was observed (five observers with no contact between them) for a period of 120 minutes, following the model proposed by Heleski et al. (2002). The results indicated that during the 120-minute period, all mares were alert, in at least one observation; that all animals ate during the study period, and urination and defecation were observed in approximately 70 and 60%, respectively, of the assessed behavior. Behaviors that were likely an indication of pain and/or discomfort, like hitting the tail, miming to urinate, eversion of the clitoris and urinating were observed in up to 65 minutes, with the first three symptoms ceasing after 55 minutes. None of the analyzed behaviors were viewed after 65 minutes of observation. It can be concluded that the insertion of the intravaginal device impregnated with progesterone does not adversely affect the behavior of mares, and therefore, it can be use...