AUSTRAL: Revista Brasileira de Estratégia e RelaçõesInternacionais é um veículo essencialmente acadêmico, ligado ao o Núcleo Brasileiro de Estratégia e Relações Internacionais (NERINT) e ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos Internacionais (PPGEEI) da Faculdade de Ciências Econômicas (FCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Seu foco plural busca contribuir para o debate da ordem política e econômica internacional a partir da perspectiva dos países em desenvolvimento.A revista publica artigos originais que estejam relacionados à vasta área de Estratégia e Relações Internacionais, com especial interesse em assuntos relacionados a países em desenvolvimento e à Cooperação Sul-Sul -seus problemas securitários; os desenvolvimentos políticos, econômicos e diplomáticos dos países emergentes; e suas relações para com as potências tradicionais -em inglês, português ou espanhol. O público-alvo da revista consiste em pesquisadores, especialistas e estudantes de pós-graduação em Relações Internacionais.A revista tentará, através de sua política de publicação, assegurar que cada volume tenha ao menos um autor de cada um dos grandes continentes do Sul (Ásia, América Latina e África), de modo a estimular o debate e a difusão de conhecimento produzido nessas regiões. Todas as contribuições serão submetidas a uma avaliação científica. Com a publicação da sua 10ª edição, a AUSTRAL: Revista Brasileira de Estratégia e Relações Internacionais, completa 5 anos de existência. Desde sua criação, vem publicando artigos analíticos densos e prospectivos, escritos por Professores e Doutores, especialistas renomados em seus campos de pesquisa. O tom foi, inicialmente, o de chamar atenção para uma crise global (geográfica e temática) em gestação. Logo, mencionamos a ocorrência de uma aceleração dos processos políticos e econômicos das Relações Internacionais. Finalmente, em 2016 podemos falar de um verdadeiro terremoto a sacudir a já frágil ordem mundial.A crise do Oriente Médio sofreu uma evolução e alteração notável, particularmente no que diz respeito ao papel da Turquia (com seu golpe de Estado falhado) e da Rússia na Síria. A solidez da OTAN parece abalada, enquanto Moscou afirma sua presença com a recente retomada de Aleppo pelo governo sírio. Já a Europa conhece o agravamento da questão migratória, a crise da integração e o voto do Brexit, que, pela primeira vez, fará um país abandonar a bem sucedida união supranacional em quase 60 anos.A Alemanha parece estar numa posição desconfortável, enquanto a xenofobia e o avanço eleitoral e social do populismo de direita, bem como a instabilidade financeira e social não param de crescer. As respostas parecem contraditórias, com tentativas de retomar as bases da integração, ao mesmo tempo em que as manobras da OTAN sinalizam em direção contrária. Já a América do Sul passou por uma alteração política quase completa, com o impeachment da Presidente Dilma Rousseff no Brasil e as derrotas eleitorais da centro-esquerda, num quadro de permanente instabilidade e reali...