Sedação Paliativa, Bioética e Terminalidade da Vida

Abstract

A humanização vem ganhando ampla repercussão no campo da ética médica, apontando a importância dos Cuidados Paliativos e da sedação paliativa quando a morte se revela uma imponderável realidade. O artigo visa estimular a reflexão bioética sobre a sedação paliativa, considerando as discussões contemporâneas sobre o morrer com dignidade. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com participação de médicos/as de um hospital oncológico. Os achados demonstram que a sedação paliativa auxilia o manejo da dor e do sofrimento, entretanto, é necessária a intensificação das discussões sobre o tema, incluindo maior participação de pacientes nas decisões médicas.

Conhecimento e percepção de enfermeiros frente à sedação paliativa na oncologia

“…Outros estudos tratam da abordagem antecipada e argumentam que ela é valiosa, pois possibilita informação e autonomia do paciente na escolha dos procedimentos que deseja realizar, o que é seu direito. Quando o paciente não está em condições de ter essa autonomia, é aceitável que a família decida por ele, sendo essencial que ela saiba as vontades do doente (16,20,21) . Estudos brasileiros destacam que uma boa comunicação entre equipe multiprofissional e demais pessoas envolvidas auxilia na tomada de decisão, no vínculo terapêutico e no entendimento do processo.…”

“…A equipe multiprofissional pode construir um plano de cuidados para o paciente de forma individualizada, pensando exclusivamente no paciente e seus familiares. Com isso, pode proporcionar um fim de vida humanizado e abranger todas as suas necessidades, sejam elas fisiológicas, psicossociais e/ou espirituais (16,20,21) .…”

“…Isso realmente seria o ponto chave para a tomada de decisões e a utilização desse procedimento de maneira clara e efetiva. A elaboração de um termo de consentimento que assegurasse, ao paciente e ao familiar, autonomia e conhecimento sobre indicações, riscos e benefícios também seria uma forma de diminuir a insegurança dos profissionais ao indicarem a sedação (17,20) .…”