A Formação Lagamar representa uma plataforma em um possível contexto extensional onde carbonatos precipitaram em altos estruturais em um mar aberto, na borda do Paleocontinente São Francisco. Esta plataforma é constituída por diversas fácies relacionadas a um ambiente recifal: frente recifal (consiste em retrabalhamento dos carbonatos no talude), recife (representando estruturas de recifes isolados) e recife interno (favorecidos pelo ambiente raso, provavelmente com alta salinidade, protegido pela barreira recifal). Os estudos geoquímicos e isotópicos mostram no geral uma grande contribuição detrítica nos carbonatos, com um enriquecimento em ETR na porção mais periférica da plataforma do que a porção protegida pela barreira recifal, mais rica em Mg devido à dolomitização. Normalizando pelo PAAS, as amostras não seguem o padrão típico de carbonatos marinhos, mostrando ETRL/ETRP ≈ 1.0, forte anomalia de La, inexistência de anomalias de Ce e Gd, e as taxas de Y/Ho apresentando valores baixos (29-39). Nos perfis isotópicos, os valores de δ 13 C variam de-0,14 e 2,20 ‰, de δ 18 O de-9,82 a-3,18 ‰ mostrando uma homogeneidade de valores coincidentes com o período de quiescência tectônica do Mesoproterozoico e 87 Sr/ 86 Sr em torno de 0.7068, onde o sinal primário deste foi afetado por processos pós-diagenéticos.