Introdução: Cirurgiões dentistas e médicos-veterinários são legalmente habilitados a prescrever medicamentos sob controle especial com indicação dentro de suas áreas de atuação. No entanto, existe uma lacuna de estudos que descrevam a completude de prescrições realizadas por profissionais não médicos conforme legislações, normas sanitárias e éticas estabelecidas no Brasil. Objetivo: Avaliar erros de prescrição em notificações de receita e receitas brancas de medicamentos sujeitos a controle especial pela Portaria 344/1998, as quais tenham sido realizadas por profissionais não médicos, cirurgiões-dentistas e médicos-veterinários. Metodologia: Estudo transversal, realizado com base em análise documental de prescrições arquivadas em uma farmácia comunitária de um município no estado da Bahia, com aplicação de um formulário padronizado. Os softwares EpiData 3.1 e SPSS 21.0 auxiliaram na tabulação e análise dos dados, descritos em frequência absoluta e relativa e com média e desvio padrão. O nível de significância adotado foi 5%. Resultados: Foram analisadas 235 prescrições, das quais 67,7% (159) foram realizadas por cirurgiões-dentistas e 32,3% (76) por médicos-veterinários. A associação paracetamol com codeína predominou em 69,8% das receitas de cirurgiões-dentistas, e os antiepilépticos prevaleceram em 75% das receitas de médicos-veterinários. Houve um total de 1.529 erros de prescrição entre médicos-veterinários e cirurgiões-dentistas, com média superior para os médicos-veterinários. Conclusão: Realizar prescrições com dados completos evita erros e promove uma adequada e segura terapêutica para a população usuária.