O objetivo foi avaliar o efeito de estratégias de rebaixamento (ER) do pasto de Urochloa brizantha cv. Marandu (capim-marandu) antes do diferimento sobre a estrutura do pasto diferido e o desempenho de ovinos no inverno. As três ER avaliadas foram: 1) manutenção do capim com 15 cm durante cinco meses antes do início do diferimento (15 cm); 2) manutenção do capim-marandu com 25 cm durante cinco meses antes do início do diferimento, quando o pasto foi rebaixado para 15 cm (25/15 cm); e 3) manutenção do capim com 35 cm, durante cinco meses antes do início do diferimento, quando o pasto foi rebaixado para 18 cm (35/18 cm). Foram utilizadas 18 ovelhas adultas mestiças (Dorper x Santa Inês), alocadas em pares em nove piquetes. As avaliações nos animais e nos pastos foram realizadas a cada 45 dias durante o período de utilização dos pastos diferidos, com mensurações no início (primeira semana), meio (45º dia) e final (90º dia) do período de pastejo. Foram mensurados o GMD, consumo e a composição química de amostras de forragem colhidas por pastejo simulado. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado com medidas repetidas no tempo. Os pastos mantidos a 15 cm apresentaram maior percentagem de colmo vivo e menor de colmo morto (P<0,10). A massa de forragem, a percentagem de folha viva, o consumo e a digestibilidade dos nutrientes pelos ovinos não foram afetados pelas ER (P>0,10). Entretanto, o consumo de matéria seca (MS), proteína bruta (PB) e a digestibilidade da FDN foram menores no meio em comparação ao início e final do período de pastejo (P<0,10). O tempo em pastejo foi menor e a eficiência de pastejo dos ovinos foi maior no pasto 35/18 cm do que nos 15 e 25/15 cm (P<0,10). O desempenho animal não foi influenciado pelas ER (P>0,10), mas diminuiu do início para o final do período de pastejo. O rebaixamento abrupto do capim-marandu de 35 para 18 cm antes do diferimento resultou em maior eficiência de pastejo pelos ovinos, caracterizando ambiente pastoril adequado para o pastejo no inverno.