Este estudo investigou em uma amostra de estudantes de universidades públicas e privadas a relação entre o tipo de motivação para os estudos (intrínseca ou externa) com autoestima e personalidade, otimismo, esperança e satisfação de vida. Os resultados indicaram associação entre os domínios de competência acadêmica, competição e aparência com Motivação Extrínseca no âmbito acadêmico. Além disso, houve associação significativa do fator neuroticismo com o domínio Aprovação de Outros. As mulheres apresentaram escores mais elevados em domínios de contingência externa. Foram realizadas análises de regressão e o domínio Aprovação de Outros demonstrou maior poder de explicação (35,9%), seguido pelo de Competência Acadêmica (28,4%) e Aparência (25,5%). Esses achados estão de acordo com a literatura, indicando que quando a autoestima se apoia em contingências externas pode haver menor motivação para os estudos. Os achados indicam a necessidade de estratégias de intervenção que propiciem ambientes que oportunizem o interesse intrínseco para a aprendizagem nas universidades. Palavras-chave: motivação acadêmica; autoestima contingente; satisfação de vida; esperança; otimismo. ABSTRACT-Academic Motivation and Contingent Self-Esteem: Investigating the Relation with Life Satisfaction, Hope and Optimism Motivation for learning is fundamental and closely related to external and internal factors and to the extent to which they interrelate. Accordingly, self-esteem can be an indicator of how the individual deals with the environment and with internal pressure, especially when this is based on external contingencies. This study sought to investigate, in a sample of university students, the relationship of the type of motivation with self-esteem and characteristics such as personality, optimism, hope, and life satisfaction. In the study sample, an association was found between extrinsic motivation in the academic environment and the contingency domains of academic competence, competition, and appearance. We concluded that the findings are in line with the literature and indicate the need for intervention strategies in higher education, aiming to promote an environment that is more favorable to the intrinsic interest in studying.