A dor é uma experiência sensitiva e emocional desagradável, associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial, segundo a Associação Internacional Para o Estudo da Dor (IASP). Além disso, é subjetiva e influenciada por fatores biopsicossociais. A dor crônica, por sua vez, é aquela que persiste ou recorre por mais de três meses, podendo causar impactos significativos na vida do portador. Dessa forma, o presente artigo objetiva revisar a literatura acerca da abordagem da dor crônica na Atenção Básica do Sistema Único de Saúde. Para tal, entre os meses de setembro de 2020 a março de 2021 foram avaliados artigos das bases PUBMED, LILACS e Scielo dentro dos critérios de inclusão: publicados nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola, relativos aos anos de 2010 a 2020, que tratam da abordagem da dor crônica na atenção básica por quaisquer profissionais da saúde do SUS, seguindo as recomendações do método de seleção PRISMA. Foram excluídos os artigos que não se encaixam nos critérios de inclusão, que tratam unicamente de terapias medicamentosas e revisões de literatura. Encontrou-se que a dor crônica é mais prevalente em mulheres e idosos, a etiologia mais prevalente é de disfunções osteoarticulares, com destaque para a lombalgia. Os encaminhamentos mais realizados são para a fisioterapia e para grupos de atividade física, que se mostram relevantes para o tratamento de consequências psicossociais da dor. Assim, são necessárias medidas de prevenção e estímulo ao diálogo eficiente para que o SUS cumpra seu papel na defesa do direito à saúde.