Selfiterman

Abstract

A criatividade está na vida e se apresenta das mais diversas maneiras. Às vezes ela surge colocando ordem no caos. Outras vezes ela é o próprio caos, mudando tudo de lugar para se reordenar mais à frente, em outro lugar, em um novo tempo. Os orientais dizem que na crise, crie. Uma questão de retirar apenas os que nem todos percebem. É no meio da noite, ou no torvelinho dos acontecimentos que nos surpreendem, que as novas ideias surgem. Uma doença, como o câncer, que causa o crescimento desordenado das células do nosso corpo, células que crescem rapidamente e que podem invadir estruturas próximas e espalhar-se para diversas regiões do corpo físico, produzindo as chamadas metástases, é a imagem do próprio caos em expansão. E nada como a Arte para reordenar essas células, eliminar as que são nocivas e remodelar a psique do paciente, que, com paciência vai se reestruturando e assumindo o comando do seu corpo. Foi o que aconteceu com Izanéia Fiterman. Criou e criou com muita beleza o Selfiterman que tem o embasamento da Arteterapia Junguiana, uma abordagem terapêutica que faz parte das práticas integrativas e complementares incluídas no Sistema Único de Saúde (SUS), desde 2017, e está inserida no Cadastro Brasileiro de Ocupações do Ministério do Trabalho desde 2013. Como bem esclarece Izanéia: “Conversando de alma para alma, na universal linguagem dos símbolos que atravessa gerações e nos mostra que, para muito além dos domínios do ego, do tempo e do espaço, fazemos todos nós parte de um grandioso enredo. E somos cada um de nós, um grandioso enredo.” É pela universal linguagem da arte que todos nós nos irmanamos e nos compreendemos, silenciosamente... Finalizo com o convite para se envolver com o trabalho precioso deste livro, sabendo que, no dizer das autoras, Izanéia e Hannah Fiterman “se abrir ao mundo das cores, da arte e das dores é um dos principais caminhos para a arte e para si mesmo.