Células espermáticas de capivara foram obtidas de epidídimos de 50 animais abatidos em matadouro e divididos em dois grupos distintos (G1 e G2) e avaliadas quanto à morfologia em microscopia de luz e microscopia eletrônica de transmissão e varredura. Células fixadas em lâminas de vidro com metanol (G1) e formol salino (G2) foram avaliadas para identificação de defeitos, classificados segundo BLOM (1973). Os achados do presente estudo demonstraram que 52,6% das células avaliadas apresentavam defeitos em sua morfologia, sendo estes distribuídos em defeitos maiores (28,20%) e menores (24,42%), e agrupados em defeitos de cabeça, cauda e peça intermediária. Os mesmos foram confirmados pela microscopia eletrônica de varredura. Através da avaliação morfométrica foi possível caracterizar o comprimento e a largura da cabeça e peça intermediária, e comprimento de cauda espermática (x ± sd) respectivamente, 6,85 + 0,81 µm e 4,00 + 2,53 µm, 6,97 + 2,53 µm e 1,53 + 0,27 µm e 44,20 + 8,03 µm. Pela microscopia eletrônica de transmissão caracterizou-se a cabeça espermática alongada, com cromatina nuclear condensada e núcleo extremamente denso; a cauda espermática demonstrou ser semelhante à de outros mamíferos.