Este estudo tem como propósito ressaltar o êxito histórico de uma política pública específica, investigando as metodologias ligadas às estratégias de Redução de Danos (RD). O estudo concentra-se na transição de substâncias que possuem usos culturais e medicinais para o âmbito da proibição legal e social. Através de revisões bibliográficas, o trabalho delineia um panorama histórico das práticas de redução de danos, abrangendo desde o contexto internacional e nacional até sua implementação como política pública no Brasil. Este artigo analisa o trabalho de campo e o ativismo em redução de danos, adotando uma perspectiva social que reconhece a importância dos profissionais da área. Além disso, revela a intersecção com o proibicionismo, destacando os percalços das legislações brasileiras e discutindo o tratamento dos estigmas associados. A pesquisa sugere uma abordagem humanitária, visando não à imposição da RD, mas à sua desestigmatização e ao respeito pela dignidade dos usuários, com atenção especial à saúde mental e os fatores biopsicossociais do ser-humano.