Trabalho realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG); Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG); Instituto de Pesquisa Biocâncer.
Recebido em 07/04/2008 Aceito para publicação em 22/04/2008
INTRODUÇÃOA incidência de câncer colorretal no Brasil é de aproximadamente 25.000 casos por ano 1 . O tratamento de escolha para tumores de cólon é a remoção em bloco da neoplasia e de todos os tecidos envolvidos na drenagem linfática, que é a principal via de disseminação desses tumores 2 . Os estadiamentos clássicos propostos têm como principal objetivo diagnosticar metástase nos linfonodos. Quando presente, o paciente é encaminhado para quimioterapia adjuvante, que aumenta o tempo livre de doença e a sobrevida 3 . Sabe-se que um quarto dos pacientes operados por adenocarcinoma de cólon e sem linfonodos comprometidos à histologia de rotina, portanto, sem indicação de terapia adjuvante, evolui para óbito em até cinco anos por recorrência local do tumor ou metástase à distância 4,5,6 . O linfonodo-sentinela é considerado o primeiro a receber drenagem linfática do tumor e, desta forma, o mais provável de conter metástases 7 . Nele, podem-se empregar meios diagnósticos mais eficazes, como exame histológico com multissecção e imunoistoquímica, inviáveis e de alto custo para serem realizadas em todos os linfonodos dissecados 8 . Diante desses fatos, este trabalho se propõe a avaliar a pesquisa de linfonodo-sentinela nos tumores do intestino grosso por meio de corante e radiofármaco no perioperatório; e utilizar além da histologia de rotina