Ser gestante no meio repelente: orientações, medidas preventivas e ansiedade frente ao diagnóstico positivo para o Zika Vírus

Abstract

O objetivo desta investigação foi identificar as orientações recebidas no pré-natal, as medidas preventivas utilizadas contra a infecção pelo Zika Vírus e o nível de ansiedade das gestantes com diagnóstico positivo de infecção por Zika. Realizou-se pesquisa descritiva e exploratória com abordagem quantitativa. Participaram 53 gestantes usuárias do serviço de pré-natal de Pontal do Araguaia-MT. Utilizou-se o Inventário de Ansiedade Traço-Estado instrumento validado para a coleta de dados. A análise dos dados foi realizada por meio da estatística descritiva simples. As gestantes receberam informações sobre o Zika Vírus com maior frequência de profissionais de saúde, durante as consultas de pré-natal, sendo os enfermeiros identificados como promotores de saúde, os maiores disseminadores do conhecimento e do empoderamento das gestantes. A maioria faz uso de medidas preventivas, sendo o uso do repelente e a limpeza do quintal as mais frequentes.As gestantes que tiveram diagnóstico positivo para Zika Vírus, apresentaram escores de ansiedade-Traço/Estado elevados.Conclui-se que a orientação qualificada sobre Zika Vírus no pré-natal é fundamental à redução da ansiedade, e que são os profissionais de saúde que capacitam as gestantes contra o ambiente repelente.

A atuação do enfermeiro na educação em saúde no pré-natal: uma revisão integrativa

“…No que tange aos cuidados com o recém-nascido, o entendimento de gestantes e puérperas é bastante limitado, independentemente do número de filhos, de tal forma que os cuidados com o coto umbilical, a vacinação após o nascimento e das saídas do bebê antes de um mês de vida são baseados em mitos e crenças culturais 33 . Outro ponto que ainda gera muitas dúvidas entre as gestantes diz respeito ao benefício legal do direito ao acompanhante na hora Quanto à operacionalização das intervenções, foram utilizadas metodologias tradicionais 10,13,[17][18][19][20][21]24,28 , ativas 14,15,23,[25][26][27] e ambas 11,12,22 . O aspecto tradicional consiste na educação em saúde realizada durante a consulta de enfermagem.…”

“…Entretanto, apesar da inegável importância do enfermeiro, ainda existem entraves que precisam ser superados, por exemplo, a falta de capacitação e conhecimento acerca do públicoalvo pela não valorização do conhecimento popular 18,19,21,22 ; a falta de aprofundamento teórico sobre as doenças diagnosticadas por meio da triagem neonatal 15 ; unilateralidade no diálogo, repercutindo em experiência negativa no trabalho de parto 19 e incompatibilidade da metodologia utilizada com o público 12 . Além disso, a presente revisão constatou que mais de 55% dos artigos selecionados indicam que as intervenções de educação em saúde realizadas no pré-natal são executadas predominantemente durante a consulta de enfermagem, podendo ser o único contato da gestante com as estratégias educativas [10][11][12][17][18][19][20][21][22]24,28 . Nesse contexto, ressalta-se que a oferta de ações educativas no pré-natal e no puerpério é avaliada pelas mulheres como momentos propícios para troca de saberes a fim de promover saúde materno-infantil e prevenir agravos 29 , além de assegurar a superação de medos e o estreitamento da relação entre profissionais e usuárias, o que proporciona uma assistência integral e humanizada 35 .…”