Objetivo: Analisar a síndrome de fragilidade e seus fatores associados entre idosos na comunidade. Método: Estudo transversal com 1.601 idosos residentes na área urbana da Macrorregião de Saúde do Triângulo Sul de Minas Gerais, que foram divididos em dois grupos: pré-fragilidade/fragilidade (n= 1200) e não fragilidade (n= 401). Os dados foram coletados nos domicílios mediante a aplicação de instrumentos validados no Brasil. Procederam-se as análises descritiva e de trajetórias (p<0,05). Resultados: A maior idade (p<0,001), tal como a menor escolaridade (p<0,001), o maior número de morbidades (p<0,001), o alto risco para complicações metabólicas (p= 0,006) e as medidas inadequadas das circunferências da panturrilha (p<0,001) e braquial (p= 0,028) associaram-se diretamente à pré-fragilidade/fragilidade. As associações indiretas com esta condição foram entre o sexo masculino (β= -0,01), mediado pela medida inadequada da circunferência da panturrilha; sexo feminino, mediado pelo maior número de morbidades (β= 0,04) e pelo alto risco para complicações metabólicas (β= 0,03); e o índice de massa corporal mediado pelo maior número de morbidades (β= 0,03). Conclusão: A maior idade, baixa escolaridade, polimorbidade e inadequações nas medidas das circunferências abdominal, panturrilha e braquial são aspectos que devem ser considerados na elaboração de estratégias de atenção à saúde do idoso, visando postergar o surgimento da síndrome de fragilidade e/ou minimizar suas consequências.