O crescimento populacional somado à urbanização e ao desenvolvimento econômico são causas incontestáveis do aumento da geração de resíduos. No Brasil a gestão dos resíduos gerados apresenta dificuldades quanto a disposição inadequada, coleta informal e insuficiência do sistema de coleta pública (Linhares et al. 2012).O lodo de esgoto, que é um resíduo, é um produto inevitável do tratamento de águas residuárias, e sua disposição de forma inadequada é um problema existente em várias partes do mundo. No panorama nacional existe uma carência de informação oficial a respeito da disposição do lodo de esgoto, no entanto, são vários os autores que estudaram e/ou estudam alternativas para o uso deste biossolido. Nesse sentido o objetivo do presente estudo foi mapear as principais tendências do uso e disposição do lodo de esgoto no Brasil, tomando por base os trabalhos técnicos-científicos publicados do ano de 2004 à 2014, sendo para isso utilizada a metodologia Mapping Study, foram realizadas buscas a em publicações eletrônicas nos bancos de dados dos Portais Scielo, CAPES, e no sitio do Google Acadêmico. De acordo com análise cienciométrica de dados proposta por este estudo, a realidade do Brasil para a disposição do lodo de esgoto, é a produção vegetal ou a recomposição de áreas degradadas com 276 artigos (91,7%), com destaque na aplicação agrícola (82,1%) e, em especial na produção de milho (19,9%). Porém, mesmo em menor número, já começa a aparecer vertentes de pesquisa do uso deste biossólido para produção de artefatos cerâmicos, construção civil e geração de energia (25 artigos).