Shock temporality: international students coping with disrupted lives and suspended futures

Abstract

During the COVID-19 pandemic, people around the word experienced periods of local, state and international immobility due to lockdowns, border closers and travel restrictions. For transient migrants such as international students, these kinds of immobility have resulted in disrupted lives with professional and personal futures suspended as careers and relationships become stuck in limbo. Moreover, such sudden and extended periods of immobility have not been sufficiently covered in temporality literature due to the novelty of the pandemic crisis in the international education, migration and mobility studies spaces. By conducting a pilot project investigating current and recently graduated higher degree by research (HDR) international students (PhD, Masters and Honours) from public institutions in the Australian city of Melbourne, this paper, thus, introduces the concept of ‘shock temporality’ caused by the global COVID-19 pandemic. Shock temporality takes place when the expected and finite temporary/transitory experience becomes forcefully broken and appears to be ongoing outside of the individual’s control. While shock temporality has left HDR international students’ professional and personal agendas and aspirations in suspension, students interviewed use the time to plan and prepare for truncated futures. The findings of this paper, thus, become relevant in assisting higher education student support services in creating potential approaches and strategies for a post-pandemic future.

Vidas interrompidas e futuros suspensos: experiências de estudantes brasileiros em Portugal durante a pandemia Covid-19.

“…De modo geral, interessa-nos destacar que a perspectiva transnacional e o foco na agência individual possibilita alcançar um entendimento mais abrangente e profundo das complexidades das experiências dos EIs em uma situação de "temporalidade de choque" (Gomes, 2022). Como referido anteriormente, a pandemia, ao impor restrições e promover a imobilidade, não apenas interrompeu as trajetórias de vida dos EIs, mas também suscitou reflexões profundas sobre seus futuros profissionais e pessoais.…”

“…Sob esta perspectiva é possível reconhecer a interação entre as redes sociais transnancionais e a resiliência dos EIs, bem como seus cruciais papeis na redefinição das suas trajetórias, diante de circunstâncias tão extraordinárias. O exame dessas facetas contribui, portanto, para compreendermos a intrincada dinâmica que liga a Covid-19, os EIs, a mobilidade e os desafios cotidianos, expandindo, assim, nosso conhecimento de como a pandemia impactou e reconfigurou as vidas transnacionais desses estudantes (Hari et al, 2021;Wang, 2021;Gomes, 2022).…”

“…Os relatos a seguir exemplificam o mal-estar e a apreensão decorrentes das preocupações financeiras, demonstrando como o descompasso entre a perspectiva antecipada e a atual situação econômica foi uma fonte adicional de estresse e incerteza para os EIs, contribuindo para a sensação de falta de controle sobre suas vidas (Gomes, 2022). As preocupações de como enfrentarem o futuro, conseguirem trabalho e lidarem com a falta de suporte financeiro, nos fornecem uma visão do impacto psicológico que a instabilidade económica pode provocar (Sahu, 2020).…”

“…Contudo, alguns estudos têm lançado luz sobre o papel ativo dos EIs durante esse período, cujas experiências resultaram em uma "temporalidade de choque" (Gomes, 2022). Ou seja, uma experiência temporária ou transitória, originalmente prevista e limitada, que é abruptamente interrompida de forma forçada e ocorre fora do controle individual.…”

“…O objetivo central deste estudo é pesquisar as implicações do choque que o período pandémico teve na vida cotidiana dos estudantes brasileiros em Portugal, abrangendo as dimensões econômicas, sociais e emocionais de forma transnacional, a fim de alcançar uma visão holística das experiências desses estudantes, enquanto um grupo mais vulnerável (Firang, 2020). Este trabalho responde às recentes chamadas que enfatizam a necessidade de pesquisas mais abrangentes sobre as experiências dos EIs (Gomes, 2022;Phan et al, 2019). A metodologia envolveu a análise de dados provenientes de questionários online e entrevistas individuais.…”