Astronium urundeuva (aroeira do sertão) é uma das espécies nativas com potenciais silviculturais para exploração madeireira. No cultivo in vitro da espécie tem-se observado dificuldades como a oxidação fenólica, principalmente a partir de explantes coletados de árvores matrizes adultas. Dessa forma, a utilização de explantes originários de sementes é uma alternativa para a propagação da espécie, afim de minimizar a oxidação. Neste contexto, o objetivo do estudo foi avaliar a ação de ácido ascórbico, carvão ativado e polivinilpirrolidina no controle da oxidação fenólica no cultivo in vitro de A.urundeuva. Brotações apicais obtidas a partir de plântulas de A.urundeuva germinadas in vitro foram utilizadas como explantes. Estes foram subcultivados em meio de cultura MS50%, acrescido dos antioxidantes ácido ascórbico (0,2; 0,4; 0,6 e 0,8 mg.L-1) carvão ativado (3,0; 6,0; 9,0 e 12 g.L-1) e polivinilpirrolidona (0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 g.L-1). Transcorridos 31 dias de cultivo in vitro, o ácido ascórbico, carvão ativado e PVP nas concentrações de 0,2 mg.L-1,12 g.L-1 e 1,5 g.L-1 respectivamente, foram efetivos no controle de oxidação fenólica. O carvão ativado nesta concentração controlou totalmente a oxidação fenólica das plântulas. Os resultados deste trabalho demonstram a viabilidade dos antioxidantes na minimização dos efeitos da oxidação fenólica, especialmente com o uso do carvão ativado e abre perspectivas para maiores estudos de micropropagação de A.urundeuva, tanto de materiais genéticos juvenis quanto adultos, contribuindo para a sua conservação e auxiliando em trabalhos de melhoramento genético da espécie.