RESUMO -Este artigo apresenta uma contribuição acerca da investigação experimental sobre o emprego do adimensional referente à força-g sobre o teor de umidade residual do material sólido retido sobre tela de protótipo de peneira vibratória de abertura 99 microns (175 mesh) a partir de uma suspensão com concentração volumétrica de 1% a de 3%. O estudo foi conduzido tendo por base o processo tradicionalmente empregado em unidades de peneiramento de instalações de processamento mineral. Foram realizados experimentos utilizando bancada experimental existente para coletar dados de processo referentes ao teor de umidade residual. Os resultados obtidos sugerem que um aumento no valor do adimensional de força-g tende a contribui para diminuir o teor de líquido residual arrastado com o material sólido retido para suspensão mais diluída.
INTRODUÇÃOA operação de separação solido-liquido é bastante utilizada tanto na indústria de processamento mineral quanto na perfuração de poços de petróleo, quer seja sob o ponto de vista operacional, ambiental e econômico.As peneiras evoluíram nos últimos anos, de equipamentos menores e mais simples, capazes de processar apenas sólidos mais grosseiros, para concepções bem mais modernas instaladas em diversos segmentos da indústria. Historicamente, a evolução dos projetos de peneiras vibratórias tem permitido o uso de telas mais finas. Este processo evolutivo levou a quatro fases distintas de tecnologia para proporcionar um melhor desempenho de peneiramento. Tais fases podem ser definidas pelo tipo de movimento aplicado pelos motovibradores no material depositado sobre a tela da peneira, conforme a localização e número de motovibradores utilizados: movimento elíptico desbalanceado, circular, linear e elíptico balanceado (AADE, 1999). Atualmente há peneiras que operam com dois tipos de movimentos: o linear e elíptico balanceado que pode ser escolhido pelo operador de acordo com a sua necessidade.O peneiramento é uma operação unitária de simples execução, entretanto a descrição matemática e entendimento detalhado dessa operação podem não ser triviais (Standish, 1985;Leschonski, 1979). Essas dificuldades baseiam-se no fato que muitas variáveis afetam a operação de uma peneira vibratória típica, tais como: a tela de peneiramento (formato e tamanho das aberturas), a amplitude e frequência de vibração, o ângulo de inclinação da cesta da peneira, massa específica e distribuições de tamanho e forma das partículas a serem peneiradas, a