ResumoO presente estudo objetivou analisar o perfil epidemiológico das gestantes com sífilis no Paraná, entre 2010 e 2020 através de um estudo quantitativo, descritivo, baseado em dados secundários originários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Notificou-se 18.681 casos de sífilis em gestantes, dentro do universo estudado, avaliou-se as seguintes variáveis, idade, cor e raça, escolaridade, classificação clínica e o tipo de diagnóstico. Mulheres de 20 a 39 anos, brancas, com ensino fundamental de 5ª a 8ª série incompleto foram as mais acometidas nesta amostra. Quanto ao diagnóstico, 80,5% e 86,1% das gestantes tiveram o teste treponêmico e não treponêmico reativos, respectivamente. Já em relação à sífilis congênita, foram registrados 6.212 casos, tendo como variáveis, a realização do pré-natal, momento do diagnóstico, classificação final, evolução dos nascidos vivos e realização do tratamento pelo parceiro. Constatou-se que, predominantemente, as mães realizaram o pré-natal, tiveram seu diagnóstico durante o mesmo, evidenciando a importância da assistência à saúde materna, também foi identificada baixa adesão dos parceiros ao tratamento da infecção, sendo necessário intensificar a atenção à saúde gravídico-puerperal para atingir o objetivo final de reduzir a sífilis congênita.