A Sífilis, patologia cujo agente etiológico corresponde à bactéria Treponema pallidum, é uma doença transmitida, sobretudo, por via sexual, no entanto, outras formas de transmissão são as vias transplacentária e hematológica. As características variam desde quadros assintomáticos até manifestações que podem ser agrupadas em duas categorias: a Sífilis Congênita precoce e a tardia. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e retrospectivo, que versa acerca da epidemiologia da Sífilis Congênita no Brasil, sobretudo, na Região Nordeste. A fonte de dados utilizada foi oriunda da Vigilância Epidemiológica da Sífilis Congênita. Observa-se que o percentual de casos por ano no Brasil aumentou de 2015 a 2018 e reduziu de 2018 até 2019, já em Alagoas o número de casos variou, sendo menos elevada em 2016, seguida de 2019 e 2017, e mais elevada em 2018. Fortaleza, Recife e Salvador obtiveram a maior quantidade acumulada de casos. A maioria dos casos foi detectado quando a criança tinha menos de 7 dias de idade tanto no Brasil quanto em Alagoas e o perfil das gestantes é representado por mulheres com faixa etária entre 20 e 29 anos, cor parda e fundamental incompleto e o momento do diagnóstico da Sífilis na gestante ocorre durante o pré-natal. Por fim, o estudo elencou pontos que tangem, sobretudo, à qualidade da assistência à saúde fornecida pelo SUS, demonstrando que, apesar do ordenamento de diversas medidas que orientam as condutas quanto ao correto manejo dessa infecção, há ainda uma grande dificuldade em combater essa enfermidade.