RESUMO A sífilis é uma doença sistêmica que por meio da transmissão vertical pode atingir o feto causando a sífilis congênita (SC) que se configura como um relevante problema de saúde pública, por isso o objetivo deste estudo foi descrever o perfil epidemiológico da SC no estado do Acre no ano de 2017 relacionando-o como indicador de assistência da atenção primária à saúde. Realizou-se em um estudo descritivo do tipo transversal no qual foi utilizada para a coleta de dados a base de dados do SINAN através do DATASUS. Observou-se que no estado do Acre ocorreram 81 casos de SC, com incidência geral de 4,84/1.000 nascidos vivos. Na maior parte dos casos de SC, as gestantes tinham baixa escolaridade (48,15%), residiam na zona urbana (67,9%), realizaram o pré-natal (82,72%), tiveram o diagnóstico no pré-natal (48,15%) e não houve tratamento dos parceiros (65,43%). A maioria dos recém-nascidos foi diagnosticada com SC recente (80,25%), antes dos 6 dias de vida (96,30%), com predomínio do sexo feminino (62,96%) e da cor parda (93,3%). Desse modo, a SC configurou-se como um relevante problema de saúde no estado do Acre, indicando que a atenção primária não está sendo resolutiva e eficiente no controle da doença e na assistência à gestante, principalmente no interior do estado.