A sífilis é uma doença infectocontagiosa exclusiva do ser humano, ocasionada por agente etiológico bacteriano da espécie Treponema pallidum. Sua principal via de transmissão é sexual e, devido a sua fisiopatogenia, apresenta diversas manifestações clínicas. Entre as suas classificações, há a sífilis congênita, um agravo de interesse à saúde pública, por sua capacidade de desencadear complicações graves para o feto e o recém-nascido. Assim, a mensuração e o monitoramento da sífilis congênita são de interesse para a vigilância epidemiológica, sendo a notificação compulsória, visto que as fichas de notificação fornecem informações que permitem analisar a eficácia das estratégias de prevenção, detecção e tratamento da doença. Esses dados podem ser usados para orientar políticas de saúde pública, melhorar o atendimento pré-natal e desenvolver medidas de prevenção mais eficazes para reduzir as taxas de sífilis congênita. Esta análise epidemiológica do agravo avaliou o perfil social e demográfico das usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), afetadas pela sífilis gestacional na população brasileira da região Norte, baseado nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), em um período de quatro anos, compreendido entre 2018 a 2021. Para a coleta dos dados, foram utilizadas as informações disponíveis no software TABNET, do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisados, para condução deste estudo, os dados referentes a faixa etária, raça, escolaridade e realização de testes treponêmicos e não treponêmicos. Após a análise dos dados, observou-se que os 3 principais notificadores do agravo são Pará, Amazonas e Acre, respectivamente. O perfil das gestantes mais acometidas são pardas, de baixa escolaridade, entre 20-39 anos. Diante do aporte teórico e dos resultados da pesquisa, o estudo concluiu que é importante ressaltar a importância da sífilis gestacional e seu impacto na saúde pública devido ao risco que representa para as gestantes e seus bebês. Ainda notou-se, de acordo com o aporte teórico consultado, a necessidade de compreender o perfil epidemiológico em cada região, pois é fundamental criar ou melhorar as estratégias de prevenção e controle de acordo as necessidades regionais.