Ao longo dos anos, a assistência ao parto tem passado por mudanças, saindo do contexto natural e fisiológico para a submissão da parturiente aos profissionais, ameaçando sua autonomia e protagonismo das mulheres através de intervenções desnecessárias, a chamada violência obstétrica. Essa violência pode ocorrer de forma verbal, física e psicológica, caracterizada como apropriação do corpo feminino e dos processos reprodutivos pelos profissionais. Objetivou-se descrever a construção de uma tecnologia educativa no formato de um cordel sobre violência obstétrica com foco na orientação da gestante e sua rede de apoio. Trata-se de um estudo metodológico dividido em levantamento de dados, leitura de artigos e seleção de conteúdo para a construção da literatura de cordel. Após vasta pesquisa bibliográfica definiu-se os temas a serem abordados no cordel, desenvolvidos através de rimas, que são características dessa literatura. Posteriormente, foram selecionadas as imagens internas da literatura e da capa. O layout do cordel foi elaborado com o auxílio de vídeos pensando na acessibilidade como ponto chave do corpo do texto. Ademais, foi produzido pelas autoras um cordel de título “Violência obstétrica, vamos aprender?”, com oito páginas, capa e contracapa, contendo 24 estrofes com seis versos cada. O estudo desenvolvido possibilitou o conhecimento, a reflexão e o pensamento crítico sobre o tema.