Este artigo aborda o papel do ideal de magreza como um operador da subjetivação feminina. A magreza apresenta-se como uma questão para as mulheres, na medida em que discursos sobre a vigilância para a autoconstrução do corpo tornaram-se cada vez mais imperativos. Esse ideal influencia a produção de subjetividade feminina, estando a magreza relacionada com o valor socialmente atribuído às mulheres, tornando-se fundamental o estudo dessa temática. Apesar disso, considerar os imperativos culturais não descarta a importância da singularidade da constituição psíquica e produção de subjetividade, uma vez que os ideais são constituídos no plano individual a partir do coletivo. Assim, pensa-se a psicanálise como ferramenta de compreensão da cultura, contribuindo com essa discussão questionando a rigidez desses ideais. Nessa perspectiva, é de suma importância aprofundar o debate acerca da concepção de corpo ideal, além da desconstrução da noção de corpo magro como o único possível.