O aumento da participação de usinas eólicas com conversores de frequência e a redução de participação das plantas de geração convencional nas matrizes mundiais têm contribuído para a redução da inércia dos sistemas de potência, trazendo novos desafios no contexto da estabilidade do sistema. Esse artigo apresenta uma adaptação dos modelos genéricos de aerogeradores WECC Tipo III e Tipo IV para atendimento ao código de rede brasileiro no que se refere à estabilidade de frequência. Foi realizado um estudo de estabilidade em um sistema de teste com alta participação de usinas eólicas, com o objetivo de demonstrar a importância da participação das usinas eólicas para a estabilidade de frequência do sistema, utilizando controle de inércia virtual. O comportamento do sistema é avaliado, em uma condição de falta, através da taxa de variação da frequência e do nadir da primeira oscilação da frequência, com e sem o controle de inércia virtual da usina eólica. Os resultados de simulação mostram que as usinas eólicas devem participar do controle de frequência para garantir a estabilidade dos sistemas elétricos de potência, e assim permitir um desenvolvimento sustentável dos sistemas elétricos futuros.