Simulação integrada dos recursos hídricos nos reservatórios Engenheiro Ávidos e São Gonçalo na Paraíba

Abstract

Objetivou-se realizar uma simulação integrada nos reservatórios Engenheiro Ávidos e São Gonçalo, localizados, na Sub-bacia do Alto Piranhas no Estado da Paraíba, utilizando o modelo de rede de fluxo Acquanet. Utilizou-se o modelo tipo transformação chuva-vazão SMAP (Soil Moisture Accounting Procedure) para complementar a série de vazões naturais no período de 2010 a 2016. Assim a simulação realizada considerou uma série histórica de 1962 a 2016, com um cenário futuro onde foram adotados valores das demandas projetadas para o ano de 2032. Analisando a parte operacional dos reservatórios foi observado, no período simulado, que os mesmos atingiram seu volume máximo em muitos meses; na maioria dos períodos o volume meta foi respeitado; o volume mínimo foi atingido em alguns momentos devido aos baixos índices pluviométricos, fato que se intensificou nos últimos anos. Quanto às demandas, o abastecimento humano e dessedentação apresentaram confiabilidade acima dos 90%, já para a irrigação e indústria, o número de falhas foi maior. No cenário futuro, os resultados tiveram uma representação diferente, em poucos momentos chegaram ao volume máximo, por muitos meses operaram no volume mínimo, não conseguindo atender ao requerimento operacional do volume meta, e consequentemente o atendimento às demandas também não foi satisfatório. As falhas ocorreram no abastecimento humano e animal nos dois reservatórios, onde a confiabilidade ficou acima de 70%, e as demandas irrigação e indústria apresentaram um grande déficit de atendimento.

Conjuntura do saneamento básico e plano municipal de saneamento em Belém do Pará na Amazônia Oriental

“…Em contrapartida, apesar do cenário de abundância, a distribuição e qualidadedos recursos hídricos não se mantêm uniformes no Brasil (Silva & Vieira, 2017). Isso se dá, em razão da distribuição hídrica relacionar a quantidade de água disponível com a densidade populacional da região pesquisada, que quando volta-se para a Amazônia, a densidade populacional média é aproximadamente 10 vezes menor que a média nacional de 22,4 hab/km 2 , ou seja, vislumbra-se excesso de água em regiões pouco populosas e a escassez em locais de alta densidade (Agência Nacional de Águas, 2015; Sardinha, 2019).…”