O eucalipto é a espécie mais abundante nas plantações florestais do Brasil. A alta produtividade do eucalipto é resultado do uso de materiais genéticos adaptados e melhores práticas de manejo. No entanto, devido à diversidade de condições de sítio em que o eucalipto é cultivado no Brasil, existe uma diferença entre a produtividade alcançada no campo e seu potencial máximo. O objetivo deste estudo foi calibrar e validar os modelos de simulação 3- PG e APSIM Next Generation Eucalyptus para entender as quebras de rendimento bem como avaliar a sensibilidade da produtividade do eucalipto em Minas Gerais, Brasil. Os modelos 3- PG e APSIM foram calibrados e avaliados, utilizando-se dados experimentais de produtividade do eucalipto em diferentes regiões produtoras de Minas Gerais. Ambos os modelos apresentaram bom desempenho na simulação de diferentes condições climáticas, solos e genótipos. O APSIM mostrou-se mais eficaz na simulação de uma cultura genérica e em condições contrastantes. Além disso, a deficiência hídrica foi identificada como o principal fator de perda de produtividade, destacando a necessidade de clones mais tolerantes à seca e ajustes no manejo florestal. Em relação à sensibilidade dos modelos, para simular a produtividade em diferentes regiões, tanto o 3-PG quanto o APSIM responderam positivamente ao aumento da disponibilidade de água no solo. O APSIM demonstrou maior sensibilidade e houve variação na produtividade de acordo com a disponibilidade hídrica do solo. Estes modelos podem ser aprimorados, como por exemplo usando classes de solo no APSIM, ou mesmo uma distribuição vertical do sistema radicular em ambos os modelos, para melhorar a dinâmica de água e absorção pelas plantas. Palavras-chave: Apsim, 3-PG, Simulação, Eucalipto, Modelagem, Agrometeorologia, Quebra de produção, Sensibilidade.