Síndrome da fragilidade e riscos para quedas em idosos da comunidade

Abstract

RESUMO Objetivo Identificar a prevalência da Síndrome da Fragilidade em idosos e suas relações com o risco para quedas. Método Estudo clínico descritivo, transversal e analítico. Cento e um voluntários com mais de 60 anos, foram submetidos à avaliação audiológica, Dynamic Gait Index – Brazilian brief (DGI), Timed Up and Go(TUG) e Escala de Fragilidade de Edmonton (EFE) que determinaram, respectivamente, os limiares auditivos, síndrome da fragilidade, equilíbrio funcional e dinâmico e risco para quedas. Utilizou-se a distribuição percentual simples, o teste de Wilcoxon e de Correlação Bivariada com coeficiente de Pearson para a análise estatística. Foram adotados limites iguais inferiores a 1,0 e 5,0%. Resultados A EFE identificou 22,8% dos voluntários como frágeis e 22,8% como vulneráveis. O DGI e o TUG classificaram 34,6 e 84,1% de riscos para quedas. Ocorreu correlação significativa entre a EFE e o DGI (p<0,01), a EFE e o TUG (p<0,01) e o DGI e TUG (p<0,01). O coeficiente de Pearson entre EFE e o DGI, entre o EFE e o TUG e DGI e TUG foram -0,26, -0,41 e 0,46 respectivamente. Ocorreu associação entre DGI e TUG e idade (p<0,01). Não houve correlação entre a EFE com sexo e idade. Conclusão A fragilidade e pré-fragilidade foi identificada em uma parcela expressiva dos voluntários, sobretudo nos mais longevos. O equilíbrio funcional e o dinâmico se correlacionaram moderamente com fragilidade, o que demonstrou que a Síndrome da fragilidade aumenta o risco para quedas.

Eficácia do treinamento de força muscular na prevenção de quedas em idosos

“…Na pesquisa realizada por Guedes et al (2020), foram avaliadas principalmente a capacidade funcional, a força muscular e a ocorrência das quedas, que precisam ser avaliadas com mais frequência. Para Taguchi et al (2022), a fragilidade foi identificada em pacientes mais velhos, onde o equilíbrio entre movimentos funcionais e as atividades rotineiras dos pacientes estão relacionadas com o risco de quedas. Na pesquisa realizada por Cota et al (2021), os fisioterapeutas desempenham um importante papel atuando em casas de longa permanência e asilos, pois podem fazer um diagnóstico situacional melhorado sobre a fragilidade muscular de idosos que já possuem problemas osteomusculares, osteoporose, problemas de visão e cognitivos, onde são realizados exercícios de fortalecimento muscular destes idosos, evitando as quedas.…”

Risk of falling associated with the use of medicines in the elderly of the community

“…Os medicamentos representam um fator de risco modificável para quedas em idosos pois afetam sua capacidade de equilíbrio, coordenação motora, percepção visual e/ou habilidades cognitivas (TAGUCHI et al, 2022;OSMAN et al, 2022). A presença de medicamentos associados ao risco de queda na prescrição é fator independente para quedas, mesmo em indivíduos que fazem uso de poucos medicamentos (IE et al, 2021).…”

“…Um estudo realizado em Taiwan por Soares e colaboradores (2022) mostrou que o uso de medicamentos psicoativos aumentou em 1,5 a 2,0 vezes o risco de quedas em idosos e que o risco foi ainda maior com o uso de múltiplos medicamentos. Já um estudo realizado na Suécia mostrou que o uso de benzodiazepínicos aumentou em 03 vezes o risco de queda em idosos (TAGUCHI et al, 2022).…”

“…É necessário manter a atenção aos medicamentos que têm sido associados à queda e suas interações. Além disso, a orientação ao indivíduo sobre os potenciais efeitos adversos dos medicamentos e a promoção da adesão ao tratamento são medidas preventivas eficazes contra a ocorrência da queda (TAGUCHI et al, 2022). Assim, fica evidente que a integração de múltiplas estratégias preventivas é fundamental para a prevenção e gestão global da queda e suas consequências (NEIVA e MOREIRA, 2022).…”