Os policiais penais são encarregados de garantir a ordem e segurança nas penitenciárias, estando expostos num ambiente perigoso. Isso somado a jornadas excessivas de trabalho, infraestrutura precária e condições de trabalho inapropriadas podem causar comprometimento da saúde mental desses indivíduos. Tendo isso em vista, este estudo possui o objetivo de realizar uma revisão integrativa por meio de produções científicas do Brasil, para investigar os aspectos emocionais apresentados por policiais penais relacionados aos riscos ocupacionais que podem afetar suas condições de saúde. O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados eletrônicas SCIELO e LILACS. Desta forma, foram utilizadas pesquisas publicados de 2011 a 2021, na língua portuguesa e de livre acesso. Os estudos apontaram que os policiais penais são submetidos a fatores de risco ocupacionais, condições trabalhistas precárias, rotina de tensão e medo relacionados a insegurança, e estes fatores geram nesses indivíduos perturbação do sono, ansiedade, estresse; comportamentos antissociais, insonia, descontrole emocional que resulta em brigas e conflitos conjugais, agressividade, estado de vigilância, restrição na vida social, sentimento de solidão, “dessensibilização” quanto aos relacionamentos sociais, tendência ao isolamento social e fragilização dos laços coletivos, sofrimento psíquico, comportamentos com características compulsivas, fenômenos psicossomáticos e agressividade, que resultaram em necessidade de afastamento do trabalho, doenças crônicas e vícios. Pode-se concluir portanto, que são necessárias medidas para minimizar o surgimento de doenças mentais em policiais penais, sendo imprescindível ações para melhoria nas condições de trabalho, ações para promoção da saúde, como atendimento psicológico, e prevenção de doenças nesses trabalhadores.