A medicina é uma das profissões que impõem grandes demandas ao profissional estando frequentemente associada a uma rotina extenuante e a condições de trabalho deficientes, como a falta de infraestrutura adequada, recursos insuficientes para o atendimento e uma carga de trabalho elevada.O acúmulo de estresse advindo da profissão pode trazer consequências sérias ao médico como depressão, ansiedade e burnout, levando o mesmo ao binômio da improdutividade. O presente estudo teve o objetivo de determinar a prevalência e impacto de doenças psicológicas na atividade laboral dos médicos, relacionando com a distribuição de profissionais no município de Caçador, Santa Catarina. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório de abordagem quantitativa e uma revisão de literatura nas bases de dados Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde e Google Scholar. Foi realizada buscas na plataforma CNES no mês de maio para identificar o número de profissionais médicos e seus vículos com estabelecimenos de saúde no município de Caçador. Atualmente, no Brasil a razão é de 2,42 médicos/1000 habitante, em Santa Catarina 3,05, na capital Florianópolis 12,21; na Região Alto Vale do Rio do Peixe 1,82 e no município de Caçador 1,18. O estudo desvelou que a razão médico por habitante vem crescendo gradualmente nas últimas décadas, porém de forma desproporcional quando analisada as cinco grandes regiões do Brasil, existindo uma existe maior predileção dos profissionais por exercer a profissão nas capitais, expondo a escassez de médicos em regiões menos desenvolvidas ou rurais e que ofertem piores condições de trabalho. Infere-se que os médicos que atuam no município em análise enfrentam uma sobrecarga de trabalho significativa e uma importante responsabilidade social o que pode impactar diretamente na ocorrência de doenção psicológicas, sedo fundamental o desenvolvimento de políticas públicas que preconizem melhores condições de trabalho estimulando a descentralização nas capitais e promovendo melhor qualidade de vida.