Com o aparecimento do vírus SARS-CoV-2, uma síndrome respiratória manifestou-se na população em massa, porém, acreditava-se que em crianças não causava sintomas e complicações, entretanto, em 2020, o Reino Unido emitiu um alerta sobre um quadro que se assemelhava ao apresentado em adultos. Diante disto, outros países começaram a notificar casos parecidos e foi descoberta a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), uma complicação observada em crianças que foram infectadas pelo vírus da COVID-19. O presente projeto tem como objetivo condensar as principais informações sobre os mecanismos envolvidos, a partir da revisão narrativa utilizando base de dados eletrônica. Em sua fisiopatologia é observado uma tempestade de citocinas inflamatórias que acontece após a entrada do vírus nas células do hospedeiro a partir da enzima conversora de angiotensina 2, que posteriormente irá gerar sintomas e determinar sua gravidade. Com relação ao quadro clínico, o sintoma mais relatado é a febre alta, podendo estar associada a outras manifestações, as quais podem evoluir e causar complicações. Quanto ao diagnóstico, deve ser realizada uma avaliação clínica precisa, seguida de exames laboratoriais, além de associar exames de imagens. Ainda não existe um protocolo de tratamento completamente definido, sendo realizado de forma individualizada, visando o suporte de cada paciente, além de instituir medidas terapêuticas que diminuem a inflamação e restabelecem as funções orgânicas. Concluiu-se que devido a cada vez mais a redução de casos tem-se cada vez menos estudos deixando muitas lacunas sobre a doença.