Objetivo: Avaliar a ingestão energética e identificar o consumo de sódio e suas principais fontes em indivíduos com síndrome metabólica. Metodologia: Estudo tipo transversal realizado com 88 indivíduos com diagnóstico de síndrome metabólica, de ambos os sexos, adultos e idosos atendidos no Ambulatório de Endocrinologia do Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal, RN. O consumo de energia, sódio e respectivos alimentos-fonte foram avaliados por meio de dois recordatórios de 24 horas, cuja análise foi realizada no Virtual Nutri Plus®. Resultados e discussão: A população estudada era predominantemente feminina (72,7%), com média de idade de 49,0 (11,3) anos. As comorbidades mais frequentes foram dislipidemia (92,0%) e hipertensão arterial (76,1%). Observou-se ingestão energética média de 1.664,4 (630,8) kcal/d e consumo médio de sódio de 2.792,8 (866,2) mg/d, registrando-se 82,2% dos indivíduos com ingestão acima do recomendado. Diferenças estatísticas significativas foram encontradas para ingestão energética entre os sexos (p<0,001), mas não para consumo de sódio (p=0,107). A utilização do sal de adição foi bastante expressiva na análise do consumo alimentar dessa população (310 repetições, correspondendo a uma média de 635,5mg de sódio). Alimentos industrializados foram os que apresentaram maior quantidade de sódio entre os alimentos consumidos, apesar de registrarmos poucos indivíduos fazendo uso desses produtos. Conclusão: A ingestão inadequada de sódio foi registrada em um percentual expressivo da população, podendo ter impacto negativo na saúde desses indivíduos, especialmente aqueles que convivem com hipertensão, evidenciando a necessidade de uma ação de educação nutricional mais ampla direcionada especificamente para essa população.DOI: 10.12957/demetra.2018.33749