Objetivo: identificar fatores associados ao estresse, ansiedade e depressão grave/extrema em doentes crônicos. Métodos: estudo de corte transversal realizado em 2020, utilizando a plataforma Google Forms contendo características sociodemográficas, hábitos de vida, questões sobre a COVID-19 e a escala de estresse, ansiedade e depressão (DASS-21). Incluíram-se 1.274 brasileiros doentes crônicos. Aplicou-se o modelo de regressão logística multivariado com nível de significância 5%. Resultados: possuir ≤ 44 anos, antecedentes de ansiedade e depressão, ser estudante da graduação, em isolamento social, usar medicações para dormir e reduzir/não realizar estudo, trabalho remoto e atividades de lazer possuem risco de estresse, ansiedade e depressão grave/extrema. Enquanto que ter doença cardiovascular foi protetivo para estresse (OR 0,5; IC95 % 0,35-0,79; p=0,002) e depressão (OR 0,3; IC95% 0,22-0,53; p<0,0001) grave/extrema. Conclusão: apesar dos fatores de riscos relacionados aos doentes crônicos durante o distanciamento social, doenças cardiovasculares associou-se à proteção de transtornos mentais.