O objetivo desse artigo foi associar a insegurança alimentar e nutricional (IA) com as condições de saúde materno-infantil. Trata-se de pesquisa transversal com crianças menores de cinco anos de idade, no Crato (CE), Brasil. A amostra foi probabilística com duas fases de seleção. No Dia Nacional da Multivacinação de 2010 foram coletados dados de 370 famílias com auxílio de um questionário semi-estruturado, abordando condições socioeconômicas e de saúde materno-infantil, além de utilizar a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Entre as famílias atendidas pela Estratégia Saúde da Família 67,7% estavam com algum grau de insegurança alimentar (IA). A falta de informações sobre alimentação infantil foi mais alta em famílias com IA (69%). Quanto as morbidades, famílias em IA apresentaram maiores índices de crianças com diarreia (OR=2,12; IC95%:1,03-4,38) e com febre e tosse (OR=2,54; IC95%:1,28-5,04). Dessa forma, famílias em IA são atendidas pela ESF por serem mais vulneráveis socialmente, mas não recebem ações educativas sobre saúde infantil, podendo levar a doenças agudas e crônicas.