Situações Vivenciadas pela Equipe de Enfermagem de uma Unidade Oncológica

Abstract

Introdução: O câncer é uma doença complexa, que demanda cuidados e tratamentos diversos. Tendo em vista a importância da equipe de enfermagem para pacientes que sofrem com o câncer e a complexidade da atenção e atuação nessa área, os processos de trabalho desses profissionais devem receber especial atenção. Objetivo: Compreender as situações vivenciadas por profissionais de enfermagem que cuidam de pacientes com câncer. Método: Pesquisa qualitativa realizada com 12 profissionais da equipe de enfermagem atuantes em uma unidade de oncologia de um hospital do interior do Estado de São Paulo, Brasil, durante os meses de setembro e outubro de 2017, utilizando-se um roteiro de entrevista semiestruturada contendo dados de caracterização e questões norteadoras. Foi realizada análise temática de conteúdo, da qual emergiram as categorias “Situações vivenciadas durante a prestação de cuidados na unidade oncológica” e “Sentimentos dos profissionais de enfermagem aos prestarem cuidados ao paciente com câncer”. Resultados: Mesmo com situações de dificuldades e sofrimentos, os profissionais demonstraram sentimentos de satisfação e gratidão por prestarem cuidados aos pacientes com câncer. Conclusão: A motivação por parte das profissionais de enfermagem para a prestação de cuidados dignos aos pacientes com câncer supera as barreiras existentes.

A assistência de enfermagem frente ao paciente oncológico: uma revisão integrativa

“…Frente à realidade do dia a dia da equipe diante dos clientes oncológicos, a condição da dor é de custosa aprovação, porque inclui requer se colocar no lugar do outro e sensibilidade, gerando pontos de descontentamento e frustração por parte desses profissionais. (Monção et al, 2019).…”

“…Isso vem colaborando para o crescimento da síndrome de Burnout, cansaço emocional, perda da personalidade e redução do sucesso particular entre profissionais. (Monção et al, 2019).…”

“…Porém, de acordo com as vivências obtidas, os trabalhadores entendem que o óbito é algo natural e orgânico do homem. (Monção et al, 2019).…”

Atuação da enfermagem na adaptação do paciente em uso da laringe eletrônica

“…Outro ponto a ser considerado na rotina dos profissionais junto aos pacientes oncológicos, trata-se da do sofrimento e dor frente a casos com prognóstico ruim e perdas constantes, gerando sentimentos de empatia e vulnerabilidade, que por sua vez resultam em momentos de tristeza e decepção. Estudos realizados com equipes de enfermagem enfatizam a necessidade de preparação psicológica adequada para enfrentar diversas situações que não foram abordadas durante a formação acadêmica, como perda, dor e sofrimento, garantindo assim a oferta de um atendimento humanizado e de qualidade (Monção, 2019).…”

“…As reações sintomáticas observadas em pacientes submetidos à laringectomia são resultado do tratamento e do avanço do tumor, caracterizando um desafio reativo. O período pós-operatório é delicado, com a demanda de auxílio para atividades cotidianas, afonia, dispneia e incertezas acerca da cânula, drenos e exsudato, o que torna o papel da enfermagem altamente significativo nesse contexto(Xavier et al., 2021).Ao compreender os problemas e necessidades específicos dos pacientes, a enfermagem pode desenvolver estratégias de cuidados mais eficazes e individualizadas para melhorar a qualidade de vida, facilitar a adaptação ao tratamento e apoiar a recuperação desses pacientes Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 7, n. 1, p. 2980-2996, jan./fev., 2024 com a laringe eletrônica, integrando-os ao meio social, mantendo sua comunicação e interação com o mundo ao seu redor(Monção, 2019).A reabilitação vocal do laringectomizado total pode ser influenciada por várias causas, que precisam ser consideradas no processo terapêutico. O uso da laringe eletrônica em comparação ao desenvolvimento da comunicação através da escrita e gestos está relacionado ao tipo e extensão da cirurgia, estado emocional, contexto socioeconômico (visto que o aparelho não é fornecido pelo Sistema Único de Saúde) e fatores culturais da pessoa.…”