A agricultura familiar no Brasil apresenta-se como pilar da economia brasileira desde o período colonial, sendo o principal produtor dos alimentos mais consumidos, a exemplo: 70% do feijão, 34% do arroz, 87% da mandioca, 46% do milho, 38% do café e 21% do trigo. O setor de produção doméstica também é responsável por 60% da produção de leite e por 59% da carne suína, 50% de aves e 30% da bovina. Quanto à capacidade competitiva, observa-se uma redução ao longo dos anos, pelo crescimento tecnológico do agronegócio, em comparação às empresas que investem muitos em recursos, pesquisa e desenvolvimento (P&D), com destaque para agricultura de precisão. Se faz necessário, conhecer o cenário atual do desenvolvimento de Propriedades Intelectuais (PI) mais precisamente as de natureza industrial, direcionadas à agricultura familiar, de maneira que, decisões mais estratégicas sejam tomadas, buscando o engajamento aos avanços científicos aos produtores do setor agrícola, com maior consonância com o cumprimento de acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável. O objetivo desse trabalho é analisar as propriedades industriais registradas no Brasil que sejam voltadas para a produção agrícola de perfil familiar, quais os principais atuantes, participação do estado e principais áreas, para identificar e amenizar lacunas que comprometam os objetivos do desenvolvimento citados. Para tanto, foram apresentados alicerces teóricos, países com maior quantidade de prioridade unionista no Brasil, e patentes registradas nos últimos 10 anos, de 2008 a 2018. A prospecção de string de busca para "agricultura familiar", resultou 1.052 no INPI, porém, desta totalidade, apenas 6 citaram a agricultura familiar com recursos facilitadores de implementação e/ou com efeitos sobre a produtividade, e o perfil de depositantes predominante no INPI foi o empresarial, seguidos pelos depositantes independentes.