O câncer de boca é um importante problema de saúde pública, sendo responsável por 3% do total de cânceres no mundo e a 15ª causa mortis mais frequente. Apesar das lesões iniciais serem facilmente detectáveis, apenas 6,25% dos casos de Carcinoma Espinocelular, principal tipo de câncer de boca, são detectados em estágio I, significando atraso no tratamento da doença. Evidencia-se a necessidade de ações de rastreamento para que o diagnóstico ocorra de forma precoce. Revisar na literatura evidências sobre o uso da teleodontologia no rastreio do câncer de boca. Trata-se de uma Revisão Sistemática considerando as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analysis (PRISMA). A população foi definida como idosos (no Brasil, a partir de 60 anos) e adultos mais velhos (45 a 59 anos). Quanto aos critérios de elegibilidade, foram incluídos estudos primários, epidemiológicos observacionais, ensaios clínicos randomizados, analíticos e descritivos, de coorte prospectivos e retrospectivos, caso-controle, transversais; nos idiomas português, inglês e espanhol; sem restrição ao tempo de publicação. Foram excluídos estudos que não abordam a teleodontologia, estudos secundários, cartas, protocolos, relatos e séries de casos, editoriais e opiniões de especialistas. A teleodontologia contribui para o rastreamento do câncer de boca, uma vez que através da superação da distância física e da distribuição desigual de dentistas, estabelece a possibilidade de maior acessibilidade dos usuários ao sistema de saúde em menor espaço de tempo, sendo uma ferramenta viável, do ponto de vista econômico e ético para o alcance do diagnóstico precoce.