A convivência entre homens e animais existe desde os primórdios, e essa interação vem crescendo muito nos últimos anos. Embora, no passado, o animal fosse utilizado apenas para pastoreio e guarda na comunidade rural, é possível hoje observá-los vivendo com as pessoas dentro de suas casas e sendo considerados membros da família, na cidade e no campo. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar a interferência do animal doméstico na estimulação da mobilidade de pessoas residentes em um município do interior do Rio Grande do Sul. Para tanto, foi utilizado um delineamento observacional descritivo de análise qualitativa. Participaram desta pesquisa 19 tutores, selecionados no cadastro de vacinação de um serviço veterinário, no segundo trimestre de 2019. Estes colaboradores, com idades entre 22 e 75 anos se identificaram como 15 do sexo feminino e quatro do sexo masculino; referiram diversos arranjos conjugais, sendo predominante casados. Através de uma entrevistada semiestruturada, audiogravada e transcrita posteriormente de forma textual, realizou-se a análise de conteúdo para discussão dos resultados. Onde se distingue cinco categorias de análise: Motivação na aquisição do pet, interação, sentimento, percepção da saúde e mobilidade. Observa-se no desfecho do estudo que o animal de estimação faz parte das rotinas diárias das pessoas e sua influência é essencial em vários aspectos, em especial, quanto à mobilidade, pois a inclusão do pet no convívio familiar traz responsabilidades em virtude de cuidados e gera maior movimentação para realizá-las, fato observado com crianças, adultos e idosos.