Dentre os princípios norteadores do Sistema Único de Saúde (SUS), a integralidade é um dos mais importantes, porém sua operacionalização tem se demonstrado um desafio complexo para a efetiva consolidação SUS. Nesse sentido, no que tange à formação dos profissionais de saúde, as Diretrizes Curriculares Nacionais apontam a necessidade de adequação curricular das áreas da saúde. Objetivo: Analisar a compreensão e a prática de fisioterapeutas que atuam na Atenção Primária à Saúde de um município do interior do Estado de São Paulo, Brasil, sobre o cuidado na perspectiva da integralidade. Métodos: Pesquisa de campo, de abordagem qualiquantitativa baseada na Teoria das Representações Sociais. Participaram 15 fisioterapeuta, cujos dados foram obtidos a partir de quatro perguntas abertas. Emergiram 15 ideias centrais distribuídas em quatro quadros representativos das ideias centrais e discursos do sujeito coletivo; neste estudo, serão apresentados os resultados e discussões referentes à prática do cuidado destes profissionais na perspectiva da integralidade. Resultados: O estudo constatou que os fisioterapeutas da APS realizam sua assistência na perspectiva da integralidade em seu dia a dia, privilegiando a escuta ativa e valorizando não só os sintomas físicos, mas também os emocionais. Além disso, desenvolvem a integralidade do cuidado a partir da promoção da autonomia dos pacientes, valorizando a escuta ampliada, ou seja, ativa. Considerações finais: Os fisioterapeutas têm práticas de cuidado voltadas à integralidade da população; entretanto, embora haja um movimento de transformação, ainda é necessário avançar na formação dos profissionais e na divulgação das reflexões sobre a temática para melhorar a assistência fisioterapêutica, conforme preconizado pelo SUS e as DCN.